Neila

 

Não chore no meu enterro,
Meu túmulo está vazio.
Nos ventos que mumuram estou.
Na neve, sou a luz que centilhou.
Sou o calor do sol que banha os campos,
No silêncioso bosque, sou os verdes ramos.

Quando de sono acordar
a escutar o doce cantar
dos passarinhos, será eu,
livre, nas nuvens no céu.

Não chore no meu túmulo, não estarei.
Não estou aí, eu não morrí.







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